3 de julho de 2012

RADICALIZAR III – Coisas que ultrapassam aquilo que se espera ou se cobra de nós. (PARTE II)

         Imagine que a complacência fosse uma pessoa, ela se sentaria ao seu lado, ficaria admirando sua estrelinha dourada e sussurrando em seu ouvido. “Nus! As pessoas acham você demais. Que sorte! Você nem precisou se esforçar, Tudo está correndo muito bem. Você já é o suficientemente bom. Pra que se aprimorar? Em comparação com o seu amigo, você não é tão ruim. Nunca ouvi falar que Tomas Edison, Jobes ou Bill Gates tivessem conquistado uma estrelinha dourada”. Ouça essa voz por muito tempo e ela lhe fará pensar que você só precisa tirar uma sonequinha, e assim você acabará se contentando com a mediocridade. Provérbios 1.32 “Pois a inconstância (complacência) dos inexperientes os matará...”.

         Você deve fazer três coisas para ir além da sua cultura e ultrapassar aquilo que se espera de você, e chegar mais perto das expectativas de Deus.

         1) Faça aquilo que é mais difícil para você. Um radical aproveita o tempo para identificar as áreas em que ele poderia alcançar grandes realizações, o que faz quando ultrapassa os limites, não se contentando com aquilo que é mais fácil nem se acomodando com os feitos do passado, a complacência e a desvalorização de sua condição. Foque não nas coisas que possam impressionar os outros, mas aquelas que de fato, são capazes de desafiá-lo a promover seu crescimento.

        2) Torne-se conhecido pelo que você faz (mais do que por aquilo que não faz). A palavra de Deus é clara. O padrão de nossa cultura, baseado simplesmente no conceito de que não devemos fazer as coisas ruins, não é, na verdade, uma boa referência. Salmos 1.1 diz: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpiios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores.” Muitas pessoas parecem interromper a leitura neste ponto, ignorando o restante da afirmação: “Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite” (v.2). Se você não medita na Bíblia, você não tem a benção do Salmo 1. Para vivermos segundo os padrões divinos para os jovens e recebermos as bênçãos que ele promete, devemos ir além de simplesmente evitar coisas ruins. I Timóteo 4.12 “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza”. Não devemos apenas evitar o pecado, também devemos perseguir a justiça de tal maneira que as outras pessoas desejem nos imitar. Não seja conhecido como o jovem que não fuma, que não bebe, que não tem uma tatuagem, mas seja conhecido como o jovem que busca a Justiça, que ama o próximo, que prega a palavra, que adora ao Senhor, que ajuda ao necessitado.

         3) Persiga a excelência, não fique inventando justificativas. Deus estabeleceu padrões tão elevados para que não cometêssemos o erro de nos contentar com objetivos medíocres. Além disso, não temos desculpa para deixar de nos desenvolver e crescer. Pegar pesado significa lutar para alcançar níveis mais elevados de excelência porque há sempre alguma coisa mais radical e desafiador a se fazer. A questão nunca é saber aonde se quer chegar; trata-se de uma batalha constante pelo crescimento pessoal. Um compromisso com o crescimento acaba com a complacência. Eu ouço sempre: “Nossa, você canta tão bem, você fala tão bem, está cheio de Deus, sinto a presença de Deus em você”. Isso me incomodava, até que descobri que tenho que me alegrar por passar para as pessoas estas bênçãos através do que elas sentem, mas eu seria complacente, se eu parasse por aqui, porque pensam assim de mim não preciso buscar me aperfeiçoar. Sempre preciso buscar mais, mais de Deus, mais da sua excelência.

         Quer começar? Apresente-se como voluntário para fazer a limpeza da igreja depois do culto, fique até mais tarde no trabalho só para ajudar um amigo que precisa terminar a atividade ou realize pequenas tarefas domésticas para seus pais. Essas ações são radicais porque dependem de sua completa iniciativa. Ninguém precisa nos pedir ou mandar algo. Por causa disso, quase sempre, essas ações constituem as realizações das quais mais nos orgulhamos.

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