19 de outubro de 2013

Música Secular (ou mundana)? Cinco pontos Interessantes


 1. O que a Bíblia diz sobre isso?

Em primeiro lugar, sabemos que: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” I Coríntios 6:12. Sendo assim, somos livres para escolher, porém a vontade de Deus está acima da nossa, que diz: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;” I Pedro 1:15
Para quem vive de maneira desordenada, de qualquer maneira, se dizendo cristão, mas em nada se separando deste mundo, está num caminho de dor e morte: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Hebreus 12:14; “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulaçöes, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1:27; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Provérbios 14:12
Vejamos, portanto, o que a Bíblia fala especificamente a cerca dessas músicas. A Palavra nos mostra que a música era usada em várias ocasiões:
- Para se emocionarem (Jó 21:12; Mateus 11:17);
- Nas despedidas (Gênesis 31:27);
- Nas saudações (Juízes 11:34);
- Nos funerais (Mateus 9:23);
- Nas comemorações (Lucas 15:25);
- Nas bebedices (Isaías 5:12)
- Na idolatria (Daniel 3:5; 5:15) etc.

Essas passagens que acabamos de ver citam músicas profanas. As chamo dessa forma por não ter propósito, a não ser, emocionar a alma. Você pode ver em algum dos casos acima a música saindo da boca de um servo de Deus? Com certeza não, porque o servo de Deus não está interessado nesse tipo de música.
O rei Salomão, quando estava no auge de seu reinado, deixou a sabedoria divina de lado e caiu na soberba do “NÃO TEM NADA HAVER”. Ele foi buscar alegria emocional através de várias coisas e uma dessas foi a música secular, mas ele só teve decepção espiritual. Vejamos:
“...provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda a espécie... E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, ... e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.” Eclesiastes 2:8,11

Outro exemplo que temos de música profana está em I Samuel 18:6. Quando Davi vence uma batalha, várias mulheres saem nas ruas cantando que ele era mais poderoso que o rei Saul. Trato isso como uma música secular, pois o verdadeiro motivo daquelas canções não era homenagear Davi, mas sim, desprezar o rei, ou seja, a autoridade que Deus levantou. Essa música trouxe uma consequência terrível sobre a vida de Davi, pois a partir daquele momento ele foi terrivelmente perseguido por Saul.
A Bíblia profetizou que a Babilônia seria destruída enquanto cantasse e não perceberia (Isaías 14:11). Assim aconteceu: numa noite, enquanto todos festejavam e se alegravam nas bebidas, o inimigo medo-persa invadiu a fortaleza e destruiu o império babilônico para sempre (Daniel 7:1,4,30,31). A Grande Babilônia do Apocalipse também um dia será destruída e sua música cessará (Apocalipse 18:22).

2. A Influência da Música na Mente Humana

A música é uma arma, pois é capaz de estimular todos os tipos de sentimentos e emoções.
O ouvido humano tem um limite para captação de sons conscientes, mas vibrações abaixo e acima destes limites podem ser captadas inconscientemente provocando efeitos na atividade psíquica ou mental das pessoas, tais como dores de cabeça, sensações de mal-estar, medo, agitação, melancolia, renúncia, entusiasmo, angústia, excitação ou uma calma aparente. Isso se trata de uma harmonia da ordem de 30.000 oscilações por segundo que causam a produção de uma substância, pelo cérebro, com efeito semelhante ao das drogas. Trata-se de uma droga natural produzida pelo cérebro humano.

 Os sons são muito usados, por exemplo, no cinema para se conseguir um estado alterado de consciência ou para se conseguir o efeito desejado em determinadas cenas (de amor, terror, drama etc.), semelhante à hipnose.
Uma tática militar revela a eficiência dos sons: O conjunto matematicamente combinado dos sons das botas batendo cadenciadas no chão, das vozes de comando, dos “gritos de guerra” e das batidas ritmadas dos cassetetes nos escudos fazem com que um pequeno pelotão represente em quem ouve algo muito mais ostensivo do que a situação real. Conclusão: Um contingente pequeno de soldados bem treinados pode dispersar uma grande manifestação de massas, com milhares de pessoas. Juízes 7:19-22
E não para por aí. Depois de ouvir determinadas músicas repetidas vezes, produz-se um impulso a realizar o que foi “ordenado”. Daí surge a vontade de brigar, chorar, se suicidar, ajudar, se drogar, se prostituir, se rebelar, idolatrar etc. Assim, a música pode moldar o caráter e, portanto, trazer destruição espiritual. A diferença entre uma música e outra está nos efeitos (bons ou ruins) que ela pode produzir. Chamamos isso de mensagens subliminares, que entram na nossa mente de contrabando, como um vírus de computador que fica oculto, e só é ativado na hora certa. O pior é que elas estão em todo lugar!
A música é capaz de transformar sociedades inteiras. Quando retrocedemos na história antiga, vemos a música no contexto dos povos vencedores. Não só a música, mas a inovação da arte, seja ela na literatura, pintura, cinema etc. é seguida de transformação na política e na moral de um determinado povo.

3. A Origem da Música Profana

É claro que Deus não criou os sons para prejudicar o homem. Tudo o que vem de Deus é bom (Tiago 1:17) mas Ele nos impôs certos limites desde o início (Gênesis 2:16,17). Se soubermos aproveitar o que Deus criou para nós, seremos felizes, mas o Inimigo não quer isso. Ele tenta perverter tudo o que Deus criou (Mateus 13:19; Lucas 4:6; Atos 5:3; Efésios 2:2; II Coríntios 2:11; 4:4; II Tessalonicenses 2:9). E pelo que a Bíblia nos faz entender, o Adversário conhece muito mais do que nós pensamos sobre música. Vejamos:

“Tu eras o selo da medida... em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados... Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas...” Ezequiel 28:12-14

Ele foi criado em meio à música celeste, era responsável em aprovar o louvor que os seres celestes davam a Deus e, por ser especialista em música, sabe como contagiar vidas nesse meio. Foi essa uma das estratégias que ele usou para afastar o homem de Deus desde a Antiguidade:
“E saiu Caim de diante da face do SENHOR... e ele edificou uma cidade... Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão...” Gênesis 4:16,17,21
A família de Caim foi uma família que, como ele, se afastou do Senhor e, para passar o seu tempo de vida aqui na terra se distraindo, inventou instrumentos musicais. Foi uma das armas que o Inimigo usou para que o homem vivesse aparentemente feliz e não precisasse se voltar para Deus. Sendo assim, podemos afirmar que a música pode ter procedência divina, humana e até satânica:

I - Deus criou todas as coisas, inclusive o som, e, consequentemente, as notas musicais (Neemias 9:6).
II - O homem não cria nada, mas recebeu a missão de cuidar de tudo o que Deus criou. É ele que organizou as notas musicais, fez os instrumentos e, assim, tem a capacidade de inventar ritmos, a melodia e a letra.
III – O Maligno também não pode criar nada, mas pode usar da música para influenciar a sociedade e dominar a mente humana (João 13:2; Mateus 13:38,39; Efésios 4:27; II Coríntios 11:3,14). Ele é quem conhece muito mais do que o homem o poder que tem a música na mente humana.

Sabendo de tudo isso, temos que vigiar e analisar o que estamos ouvindo e cantando, pois, sem perceber, podemos estar deixando o Diabo trabalhar em nossa mente através de mensagens subliminares nas músicas. Citemos, por exemplo, as três culturas musicais brasileiras:

I - Indígena - Ligada a cerimônias do cotidiano tribal, como invocação aos mortos, magia, adoração a deuses da natureza, como sol, vulcão, Tupã etc. Quem compõe pela inspiração dos “espíritos” é o pajé, em transe, ou um forte guerreiro, em sonho. Incentivam também a briga e o uso de drogas.
II - Européia - Os colonizadores portugueses trouxeram a música católica, venerando os “santos”, rezando missas aos mortos, misturando culturas para ter mais adeptos e, junto com a tradição européia dos desfiles das bandas musicais do exército, propagou as procissões que se tornaram hoje os desfiles das escolas de samba no Carnaval, a maior festa profana do Rio de Janeiro. Incentivam a vida religiosa hipócrita.
III - Africana - Os escravos africanos mantêm a música marcada por uma forte energia rítmica e percussiva em seus ritos religiosos, onde se invoca espíritos malignos, realizam rituais de sacrifícios etc. Trouxeram também para o Brasil a cultura de “curtir” a noite de sexta-feira, o dia santo para os muçulmanos. Incentivam a feitiçaria.

Essas três culturas colaboraram para que surgissem os muitos estilos musicais brasileiros. Depois de todo esse comentário deixo a minha pergunta a todos os milhares de músicos, instrumentistas e cantores salvos por Cristo Jesus: Será que a Igreja do Senhor não é capaz de, com a ajuda de Deus, fazer seus próprios estilos musicais, visto que a natureza é um campo tão vasto e quase infindável? Será que realmente temos que plagiar tudo o que o mundo impõe?

4. Deus Aceita Tudo que Ofereço a Ele?

* Êx 30:7-9 - O incenso deveria ser aceso no altar de holocausto. Se viesse de outro local, era fogo estranho.
* Lv 10:1-3 - Nadabe e Abiú tinham boa intenção, mas o fogo era estranho. Veio de outro lugar e não de onde Deus queria. Eles foram fulminados!
Então, quer dizer que nem tudo que é oferecido a Deus, vem de Deus? Exatamente isso. Devemos analisar o que estamos oferecendo a Deus em nossos cultos. Se estivermos oferecendo algo que tem procedência mundana ou diabólica, Deus não vai aceitar e corremos o risco de morrermos espiritualmente.


5. Selecionando o que Ouvir


Portanto, cuidado jovem. Cuidar da sua vida espiritual é muito importante. Não podemos nos misturar com aquilo que não glorifica a Deus. Esse tipo de música só nos faz perder o desejo pela Palavra, pela oração e pelo Reino.
“... abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente.” Tito 2:12
Tiago 4:4; Mateus 24:38,39; I João 2:15,17.
Quando prestamos nossos ouvidos ou nossos lábios à música do mundo, estamos nos associando com o mundo e nos afastando de Deus.
Nossos lábios devem ser usados para produzir cânticos que venham de Deus e tenham objetivos sadios (Salmos 22:25).

Salmos 87:7 nos diz: “E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão: Todas as minhas fontes estão em ti”. De onde tem vindo a nossa fonte de adoração?